sexta-feira, 26 de junho de 2009

Am I cursed or what?

Eu adoooooro mascarar me. Toda a gente que me conhece sabe disso. E adoro uma boa festa.

No Halloween estive em Portugal a tratar de burocracias e portanto perdi a maior festa de mascaradas do Reino Unido. Em Portugal simplesmente não tem a mesma piada ou dimensão.

No Carnaval (que não é comemorado no UK) estava em Belfast e portanto tive de me contentar em ouvir samba no quarto e ver reportagens online dos desfiles em Portugal e no Brasil.

Depois, de forma completamente inesperada, tive de ir a Portugal em Março (outra vez burocracias) e perdi o St Patrick's Day que aqui até tem desfile carnavalesco e tudo. Em vez disso, vesti-me de verde, pus os meus brincos em forma trevo e tive um ulster fry como brunch com a minha caloira que até pintou a cara (e o focinho da cadela) de verde. Tenho de ver se arranjo as fotos. Foi um dia muito divertido.
Rita I luv U & miss U so much


Agora foram os santos populares em Portugal e eu para aqui enfiada...

E no fim-de-semana em que vou a Portugal para onde prevêem chuva e descida das temperaturas, é isto que está programado para a solarenga Belfast:
http://www.belfastcarnival.com/features/view/42

Am I cursed or what???

quinta-feira, 25 de junho de 2009

E a saga continua...

Ontem fiquei no escritório um pouco para lá da hora de expediente para aproveitar a internet e portanto fechei a porta à chave por dentro para não correr o risco de ter algum encontro imediato e indesejado com ladrões oportunistas. Preocupação aparentemente ridícula uma vez que eu fechei a porta tão bem que não a consegui abrir mais. Mesmo.
Ao fim duns quarenta minutos a tentar e depois duma pausa para lanche para recuperar forças e acalmar, lá me rendi às evidências e telefonei à Edel a pedir ajuda. Ainda fui pôr manteiga na chave e tentar com o par de chaves suplentes que estava na gaveta da Edel mas nada. Como ela mora a meia hora de carro pela autoetrada, tivemos de telefonar à Emma (que está em licença de maternidade porque teve uma criança há menos de 2 meses) para me vir soltar.
Vinte minutos e um novo lanche depois, lá consegui eu sair e ir para casa.

Foto da bolha no dedo indicador direito a provar o como me esforcei para abrir o raio da porta

Como (quase) toda a gente sabe, graças à Andreia, eu tenho um historial engraçado quanto a ficar trancada em sítios. Ontem foi só mais um belo episódio. Mas a verdade é que estou a aprender muito em como lidar com estas situações.

E a lição que tirei de ontem foi:
se é para ficar trancada nalgum sítio que seja num sítio
a) com telefones
b) com amigos com chaves suplentes
c) com cozinha e queques de cenoura suficientes para muitos lanches. Doces caseiros ajudam imenso para evitar o pânico e ajudar a recarregar baterias.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Girl: Father
There was a card from him yesterday
Have you seen it
I left it on the kitchen table

Mother: Card from Father

Girl: Yes

Mother: Sent from where

Girl: Lisbon

Mother
: Yes
Well that’s good
(...)

Girl: Will I get the card

Mother: If you like

Girl: It’s nice

Mother: I’m sure

Girl: It’s nice in Lisbon

Mother: The pictures of Lisbon

Girl: Yes

excerto de The Girl On The Sofa de Fosse
Woman:
"I can’t be with anyone
And I can’t be alone
I wasn’t able to live with you
That’s how it was
They’re there
But I can’t be with them
I’m no longer where others are
I’m another place
I’m a place
Where no others are
Where nobody is
Where not even I am
And then I think
Yes I think
Think and think
I think
Yes"

excerto de The Girl On The Sofa de Jon Fosse

The Girl On The Sofa

Written by Jon Fosse

Translated by David Harrower

Directed by Sarah Lyle


Rehearsed reading (60 mins)


A girl on the verge of adulthood is sitting on a sofa. She is unhappy: she resents her mother and older sister and longs for her absent father, a sailor.

A woman approaching middle age is painting a portrait.

This intriguing and haunting work from one of Norway’s leading playwrights juxtaposes two stories and explores the complex interweaving of the past with the present.


Cast in order of speaking:

Woman — Mary Jordan

Girl — Karen Hassan

Man — Miche Doherty

Mother — Kathy K. Clarke

Sister — Kerri Quinn

Uncle — Jimmy Doran

Sister Older — Maggie Cronin

Father — Lalor Roddy


Stage Manager— Jennie Newell

Sound — Stephen Bell

Assistant Producer—Sónia Tigre


The Girl On The Sofa was first presented by The Traverse Theatre, Edinburgh in August 2002.

terça-feira, 23 de junho de 2009

O lançamento do Pick'n'Mix

Estas fotos já têm um mês mas é só para perceberem melhor o espírito do festival.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

In the beginning there was nothing. Then man came and built The Town. Houses appeared, streets, squares, shops, schools, factories, public gardens. At first the roads were paved, then tarmacked, with decorated white borders for the public holidays. People appeared on the streets and on the benches, began sneezing at the floating white seeds from the poplar trees; selling sunflower seeds at the factory gates; falling in love. People were born, and they died.

And a Cemetery appeared on the edge of The Town. And people brought their dead there and placed them in holes and sprinkled earth into the holes. They went there on memorial days and for anniversaries and left biscuits and sweets with white fillings. They weeded out the grass with their hands and replaced it with pansies. And the Cemetey began to grow...

But people didn't just die. They were born too and so the Town grew as well.

And then at some point the Town and the Cemetery met. People built a five-storey block right next to the Cemetery and began to live in it. To begin with everyone found it horrible, they were afraid to look out of the window. But then they got used to it. They even built metal garages along the Cemetery fence and kept their cars in them and motorbikes and old bits and pieces. They even thought up a name for their block, an amusing one. They called it 'Dead and Alive'. And that's what it's called even now.

And they buried the new dead in a different place.

And it almost seemed as if they'd forgotten about the old dead. They stopped putting out biscuits and sweets with white fillings. They stopped planting pansies. There was nothing there. It became overgrown with grass, extraordinarily long and rampant grass. And the Cemetery was buried in this grass. It disappeared. It ceased to exist. It died. And together with the Cemetery, all of the dead died. For a second time. This time for good...

prologue of Ladybird by Sigarev

Ladybird

Written by Vassily Sigarev
Translated by Sasha Dugdale
Directed by Frankie McCafferty

Rehearsed reading (70 mins)

This is a pitch-black comedy with characters from a Russian underclass who have hit rock bottom and are ripe for exploitation. A sorry group so desperate for any kind of way out that they will sell their souls or their friend’s mother’s grave-makers.
Although it is grim, there is a ray of light. Even at their lowest, people will always seek a symbol of hope.

Cast in order of speaking:
Prologue—Peter Ballance
Narrator—Frankie McCafferty
Lera — Alana Kerr
Yul'ka — Sara Dylan
Dima — Paul Mallon
Slavick — Gerard Jordan
Waster — Peter Ballance
Arkasha — Richard Clements

Stage Manager—Jennie Newell
Sound Designer—Stephen Bell
Design—Stuart Marshall
Assistant Producer—Sónia Tigre

Ladybird was first presented in English by the English Stage Company at the Royal Court Theatre.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Para a JCafeína


Em minha defesa, não sou nem quero ser camerawoman e este vídeo foi feito enquanto eu dançava sozinha na barraca à espera de clientes.

Hot Jazz Session

Este sábado à noite houve um concerto de Jazz ao vivo nos jardins e portanto deixámos a nossa tea room para estar mais perto da orquestra.Kristiina a posar em frente à nossa barraquinha

Rowallane Garden

Para quem não sabe, eu ando a trabalhar aos fins-de-semana numa tea room de um jardim fantástico fora de Belfast e que pertence à National Trust.
Quem quiser fazer a visita virtual ao Rowallane Garden só tem que clicar aqui

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Edel's housewarming gift

quarta-feira, 10 de junho de 2009

E no dia de Camões

venci o imperialismo opressor britânico que impede as pessoas de usar acentos!!! :-D Viva a liberdade de expressão!! Viva a língua portuguesa!!

Zeca Afonso
"O Homem Novo Veio Da Mata"

Um homem novo
Veio da mata
De armas na mão
Nao é soldado
De profissão
Nao é soldado
De profissão

É guerrilheiro
Na sua aldeia
A mãe o diz
Duma fazenda
Faz um país
Duma fazenda
Faz um país

Colonialismo
Nao passará
Imperialismo
Nao passará
Veio da mata
Um homem novo
Do M. P. L. A.


Namíbia quente
Vai despertando
Da areia ao mar
Agora ou nunca
Nao há que errar
Agora ou nunca
Nao há que errar


Foi em Fevereiro
No dia quatro
Sessenta e um
Angola existe
Povo há só um
Angola existe
Povo há só um


Colonialismo
Nao passará
Imperialismo
Nao passará
Veio da mata
Um homem novo
Do M. P. L. A.


A cor da pele
Nao é motivo
Pra distinguir
Angola nova
Só há que unir
Angola nova
Só há que unir

Se novos donos
Querem pôr tronos
No teu país
Dum guerreiro
Faz um juíz
Dum guerreiro
Faz um juíz

Colonialismo
Nao passará
Imperialismo
Nao passará
Veio da mata
Um homem novo
Do M. P. L. A.


Olha o caminho
Da Polissário
De Zimbabwé
África toda
Levanta-te
África toda
Levanta-te

Se novos donos
Querem pôr tronos
Sobre o teu chão
Por cada morto
Nasce um irmão
Por cada morto
Nasce um irmão

Colonialismo
Nao passará
Imperialismo
Nao passará
Veio da mata
Um homem novo
Do M. P. L. A.

Devo referir que não concordo nada como o MPLA, ou pelo menos com o que ele representa hoje, um partido no poder que instaurou uma ditadura em Angola, mas o Zeca Afonso não era adivinho e não imaginava sequer como o poder corrompe.


E o inevitável Camões:

Os Lusíadas
(primeiros versos apenas)

Canto I

As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

domingo, 7 de junho de 2009

Para o meu avô

Não vou ao cemitério mas não me esqueci.